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5 tendências de pagamento que vão bombar em 2020

A evolução da tecnologia continua definindo a forma como pagamos. Nossos especialistas selecionaram as cinco tendências de meios de pagamento que vão definir as regras do jogo em 2020.

Tulio Gambogi  ·  Adyen
22 janeiro, 2020
 ·  8 minutos

Já virou uma tradição de início de ano aqui no blog da Adyen falarmos sobre as novas tendências de meios de pagamento para o próximo ano. Fizemos isso emno post sobre tendências de 2019, e vimos que acertamos em cheio. Por isso, decidimos repetir a tarefa este ano também.

Para encarar o desafio, convidamos Túlio Gambogi, nosso Head de Produtos para América Latina, a escrever aqui a sua opinião sobre o tema.

Confira abaixo as 5 tendências em que você deve ficar de olho em 2020:

1. Carteiras digitais

Em 2019 as ewallets se reafirmaram como um novo meio de pagamento que traz praticidade e conveniência ao processo de compra.

Afinal, a tecnologia detokenizaçãousa da criptografia para salvar os dados sensíveis do cartão de forma segura e possibilitar assim compras em um clique.

Os números mostram que consumidores e varejistas aprovaram a novidade:as transações online feitas via carteiras digitais cresceram 40% em 2018, segundo dados da Adyen, e continuam sendo o meio em que a adoção é maior.No varejo físico, apesar de o número total de transações ser mais tímido, o crescimento foi de 400%.

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Para falarmos em casos concretos, a Evino, ecommerce de vinho, viua adoção de ewallets crescer 10% em apenas seis meses no ano passado.

Já na Zul Digital,empresa de estacionamento rotativo,as transações com a tecnologia representaram 12% do total.as transações com a tecnologia representaram 12% do total.

Em 2020, a adoção das carteiras digitais deve se intensificar ainda mais, especialmente com grandes players como Google, Apple e Samsung investindo na tecnologia já há alguns anos.

2. Cartão de débito no ecommerce

Cada vez mais os varejistas online estão percebendo a enorme oportunidade comercial que existe em aceitar cartão de débito no ecommerce.

Ou seja, aceitar cartão de débito no ecommerce é levar a possibilidade de compras online para brasileiros que não têm acesso ao cartão de crédito, que têm acesso mas não desbloquearam o cartão ou ainda que contam com um limite muito baixo.

Além disso, o cartão de débito pode ser uma boa alternativa ao boleto. Para os varejistas, a mudança seria oportuna, já que no débito o produto é quitado instantaneamente, diferentemente do boleto, em que o dinheiro demora dias para cair – isso quando o consumidor não esquece de pagá-lo.

O resultado é uma maior facilidade para realizar o planejamento logístico, e a redução de custos para os consumidores finais.

Empresas que queiram investir no débito online devem apostar no novo protocolo de autenticação 3D Secure 2.0, que torna as transações via débito mais seguras sem prejudicar a experiência do cliente.

Explico: antes, para autenticar uma transação de débito, o consumidor era redirecionado para a página do banco, em que precisava informar a senha do cartão ou do internet banking.

Como essa transação acontecia sem muito contexto, muitas pessoas estranhavam o processo e ficavam receosas de informar os dados, o que resultava em abandono de carrinho na maioria esmagadora dos casos.

Com o novo protocolo, os redirecionamentos acabaram. Para autenticar a transação, o usuário pode informar um token disponível em seu app do banco ou recebido via SMS, ou ainda usar biometria digital ou reconhecimento facial (a forma de autenticação varia de acordo com as preferências dos bancos, mas estas são as mais comuns).

Com um processo mais fluído, com muito menos fricção do que o antigo 3D Secure 1,o abandono de carrinho tem tudo para cair significativamente.

3. LGPD

Por falar em segurança, outro tema que estará mais em voga do que nunca em 2020 é a questão da privacidade e proteção de dados. Não tem como fugir, afinala Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entra em vigor já este ano.

Mas mesmo se desconsiderarmos a obrigação regulatória, o tema é super importante. Para se ter uma ideia, um relatório da companhia de monitoramento de riscos digitais Axur mostrou que os vazamentos de dados online, como números de cartões de crédito,cresceu 66,67% entre o primeiro e o segundo trimestre do ano passado no Brasil.cresceu 66,67% entre o primeiro e o segundo trimestre do ano passado no Brasil.

E quando pensamos que a cada minuto 188 milhões de emails são enviados, quase 4 milhões de buscas são realizadas no Google e 996 mil dólares são gastos em compras online, o impacto comercial desses vazamentos se torna mais palpável – e assustador.

A LGPD estabelece que as empresas e seus parceiros têm até agosto para se adequar, e a penalidade pelo descumprimento das regras pode chegar a 2% do faturamento do negócio no ano anterior.

Mas a multa pode não ser a única consequência para as empresas que não cuidarem bem dos dados dos seus clientes, já que aquelas que forem fonte de vazamento de dados podem perder a confiança dos clientes e abrir espaço para a concorrência. Ninguém quer ter sua marca atrelada a um escândalo.

A nova regulamentação, entre outras coisas, deixará todo o ecossistema de pagamentos mais seguro e deve facilitar a expansão dos negócios para outros países onde regras similares, como a europeia GDPR, já estejam em vigor.

4. Comércio Contextual

Se pensarmos de maneira geral, o que todo varejista deve buscar no ano que vem é promover experiências de compra que sejam quase invisíveis para o consumidor, de tão descomplicadas.

O cliente deve conseguir comprar como, quando e onde quiser, assim que o ímpeto de consumir aparecer.

Nada responde melhor a essa demanda do que ocomércio contextual, que deixa as pessoas comprarem diretamente da rede social, apps de mensagens instantâneas ou de onde quer que elas estejam interagindo com a marca.

Na prática, isso permitiria que alguém que estivesse passando pelo Instagram e visse uma roupa interessante, por exemplo, pudesse clicar e comprá-la dentro do app, sem precisar ser redirecionada para o ecommerce.

Ou que um viajante que chega a uma nova cidade a trabalho sabendo que terá 30 minutos para almoçar antes de precisar ir a uma reunião possa pedir seu almoço pelo app do táxi que está levando-o para o hotel, sem precisar fazer o download de outros apps locais.

A palavra-chave aqui é conveniência, e o comércio contextual será a alternativa para melhor atender a essa demanda no mundo online.

5. Unified Commerce

Quando falamos de experiência do consumidor, o Unified Commerce não pode ficar de fora.

A tendência aparece como uma tecnologia capaz de integrar os sistemas do ecommerce e da loja, fornecendo ao varejista uma visão 360° sobre seu negócio, e ao consumidor, uma experiência de compra fluída entre diferentes canais de compra.

Mas em termos comerciais, o que isso tudo quer dizer?Uma pesquisa realizada pela Adyen em parceria com a consultoria 451 Researchmostra que o Unified Commerce representa uma oportunidade comercial de US$ 3,3 trilhões no mundo inteiro.

Mas vamos aos exemplos práticos de como a tecnologia pode melhorar a experiência de compra.

Se um cliente quer comprar um produto exclusivo do ecommerce, mas gostaria de prová-lo para saber como fica no corpo, porque não deixá-lo comprar online e retirar na loja? Dentro do estabelecimento, ele pode já experimentar e, se necessário, trocar o item.

Além disso, o vendedor ganha um contato direto com o cliente e uma oportunidade para fazer um upsell.

No caso de um consumidor que vai à loja procurando por um item específico, mas ao chegar descobre que o produto está esgotado no estoque, a venda está perdida? Ele, invariavelmente, sairá dali frustrado com as mão abanando?

Não mais. O Unified Commerce possibilita a experiência de prateleiras infinitas (ou endless aisles, em inglês). Assim, o cliente pode acessar de dentro da loja o estoque do ecommerce, comprar o produto e recebê-lo em casa naquele mesmo dia.

Conhecer o seu cliente e customizar ofertas e atendimento nunca foi tão importante.

Isso é muito fácil no ecommerce já que os clientes acabam se identificando em todas as compras, mas o que fazer para identificar os clientes de loja física que não gostam de compartilhar nem o CPF?

A tokenização é a solução para esse dilema ao atrelar o cliente ao seu cartão. Isso significa que se o cliente alguma vez se identificou na loja ou no ecommerce e pagou com o cartão de crédito, quando ele usá-lo na loja física é possível saber quem aquele cliente é.Meios de pagamento podem te dizer muito sobre quem são seus clientes.

Essas são só algumas das possibilidades criadas pela nova tecnologia omnichannel. Contudo, o mais importante é buscar parceiros de tecnologia que vejam ecommerce e loja como uma coisa só, assim como os consumidores, e consigam assim oferecer a experiência de compra que eles merecem.

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