Tendências para 2021 mostram como será o varejo pós-pandemia

Depois de um ano como o de 2020, é hora de ajustes e de reflexões. Os planos foram completamente reescritos, e 2021 será o ano de entender quais são os novos caminhos a serem navegados nos próximos anos. Uma coisa é certa: novas necessidades chegaram, e algumas antigas foram reforçadas.

A corrida dos consumidores para o comércio eletrônico em 2020 ampliou a base de consumidores que existe simultaneamente nos mundos virtuais e físicos. Para ter ideia, foram registrados 5,7 milhões de novos consumidores online no Brasil. E, com essas novas experiências, esses consumidores descobriram novas possibilidades—e não vão quere abrir mão destes recém-descobertos luxos.

Boa parte das tendências no varejo e no universo dos pagamentos digitais são resultado da pandemia. Integração total dos diferentes canais de venda e possibilidade de pagamento sem contato são algumas delas. Veja mais abaixo.

A primeira coisa que varejistas precisam ter em mente é que não se pode continuar pensando os mundos virtual e físico de formas separadas. A interação completa desses dois ambientes é o que chamamos de unified commerce—uma única estrutura que engloba operações físicas e virtuais.

Os benefícios dessa estrutura chegam em diversas frentes, como melhor experiência para o consumidor e ganho de eficiência para o negócio. O unified commerce oferece uma única estrutura para gestão de vendas por diferentes canais. Pagamentos em POS em loja física ou então pelo ecommerce vão todos para a mesma base. A integração das vendas ainda permite entender melhor a jornada de seus consumidores e identifica-los enquanto comprar online e presencialmente.

Apesar do otimismo com a recuperação da economia brasileira em relação aos impactos da pandemia da COVID-19, os próximos meses ainda devem trazer impactos no consumo e incerteza. O ganho de eficiência e de inteligência em decorrência do uso do unified commerce será importante em meio a esse cenário.

Não sei você, mas eu nunca usei tanto a opção de pagar sem contato, seja pelo celular ou usando o cartão. De acordo com uma pesquisa feita pela Visa, o uso do pagamento por aproximação triplicou no Brasil com a pandemia. A opção traz uma sensação de segurança para os consumidores.

Há um mundo rico de integrações que permitem o pagamento sem contato, além de serem bastante usados em compras online. Fazem parte deste grupo métodos como Samsung Pay, Google Pay e Apple Pay. Aceitar carteiras virtuais, ou e-wallets, também é importante para quem tem como foco consumidores mais jovens e digitais.

Com o aumento do uso do ambiente virtual e do comércio eletrônico, os olhos de hackers de todo o mundo se viraram para esses ambientes. À medida que o uso de soluções digitais aumentou na pandemia, a quantidade de ataques maliciosos de hackers também subiu.

Problemas de seguranças podem levar consequência graves a um negócio: multas por descumprimento de regras, prejuízo financeiro, perda de reputação, entre outras. O uso de ferramentas de segurança é cada vez mais importante.

Experimentação na prática: o case de sucesso da OLX no combate a fraudes

Outra ferramenta importante neste tópico é sua solução de anti-fraude. Com ataques cada vez mais inteligentes, é preciso usar de técnica avançadas para superar este problema. Princípios de inteligência artificial têm levado avanços a diversas áreas—e nos pagamentos não é diferente. Uso de técnicas de IA, como machine learning para testes A/B para definição de perfis de risco são boas respostas aos fraudadores usando a tecnologia.

No final de 2020, o Brasil viu o início das atividades com o PIX, solução de transferência imediata de dinheiro, uma alternativa para TED e DOC, mas também um possível competidor até para o uso de cartões de débito. O PIX não é um elemento isolado. Países ao redor do mundo têm visto uma digitalização da economia, e soluções técnicas para a transferência de valores, como é o PIX.

Ainda tem dúvidas sobre o PIX? Veja tudo que você precisa saber aqui.

Uma das possibilidades do PIX é integrar pagamentos usando códigos como o QR Code. Essa integração pode impulsionar a popularidade das carteiras virtuais, ou e-wallets. Uma alternativa digital para armazenamento de dinheiro, elas permitem o uso desse saldo para pagamentos por código, ou mesmo pagamentos em terminais, por meio da tecnologia NFC (a mesma que permite o uso, por exemplo, do Apple Pay).