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Onii: "Somos a democratização da Amazon Go"

Em mais um episódio do AdyenTalks, Tom Ricetti, da Onii, fala sobre lojas autônomas, decisões guiadas por dados, transformação digital no varejo e os entraves à inovação no Brasil

25 agosto, 2020
 ·  4 minutos
Homem sorrindo de terno ao lado do logotipo da Onii com formas geométricas abstratas em fundo.

Você conhece aOnii? Criada em 2019 no ONOVOLAB, centro de inovação em São Carlos (SP), a startup de lojas autônomas tem como objetivo trazer a praticidade e comodidade da Amazon Go por preços muito mais acessíveis para o mercado brasileiro.

Para discutir como a transformação digital está impactando o varejo, convidamos Tom Ricetti, co-fundador da Onii e idealizador da franquia de padarias drive-thru Pão to Go, a umnovo episódio do AdyenTalks.

Veja abaixo os destaques deste bate-papo:

Antes de tudo: como funcionam as lojas autônomas?

As lojas Onii estão presentes em condomínios, universidades e outros lugares de entrada controlada por uma portaria.

Quando um cliente chega a 10 metros do estabelecimento, aparece no celular dele um botão para ele confirmar que quer entrar na loja. Neste momento, é enviada uma micro transação para confirmar que o cartão cadastrado é válido e um cruzamento de dados para garantir que a pessoa tem mais de 18 anos.

Quando todas essas checagens forem concluídas, o cliente recebe no celular um QR code, que deve ser igual ao que aparece no visor da porta da loja para destravá-la.

Já dentro da loja, o celular se torna um scan para os produtos, e pelo app é possível aumentar a quantidade de um mesmo item na cesta. Quanto tudo já estiver no carrinho, é só selecionar o método de pagamento desejado e concluir a compra.

E como eu posso ter uma loja autônoma?

A Onii funciona com um sistema de licenciamento. Interessados podem fazer baixar o app, fazer seu cadastro informando CPF, email e cartões válidos.

Quando o licenciamento for aprovado, a Onii entra com toda a parte tecnológica e decide o que será ofertado na loja (e incluído portanto no app) junto com o parceiro. O céu é o limite: existem planos para lojas de pijama, sandálias de borracha, produtos de barbearia… Cabe ao licenciado cuidar do gerenciamento de estoque, emissão de nota, precificação e promoção.

Transformação digital no varejo

O diferencial da Onii é oferecer essa tecnologia a interessados por preços mais acessíveis:"Somos a democratização da Amazon Go. Uma loja pequena da rede custa por volta de US$ 3,5 milhões. Nossa loja começa em R$ 70 mil", diz Tom.

Para ele, a experiência de compra do futuro é a sem contato. Nada de cartões de plástico, nem de maquininhas com teclado. "Cada vez mais você usará um dispositivo para fazer tudo, hoje é o celular, amanhã pode ser uma pulseira. Em 10 anos, não vamos mais encostar em nada", prevê.

Ele também destaca que o objetivo é sempre criar negócios que poupem o tempo do consumidor, "a única coisa impossível de recuperar".

Dados e inteligência de mercado

Como toda a experiência de compra da Onii é feita via app, os dados também ficam todos reunidos em um só lugares, e podem render insights interessantes para os franqueados.

Tom conta que eles conseguiram concluir que na segunda-feira, por exemplo, cresce a procura por marmitas fitness, que já diminui no dia seguinte. Já refrigerante vende mais de fim de semana, quando há também compras de doces e chocolates, típicas de clientes que vão à loja com os filhos.

"Business Intelligence (BI) é a coluna vertebral do varejo.Nós conseguimos saber o que o cliente consome junto com a cerveja, ou analisar os padrões de compra de clientes específicos", diz.

Entraves à inovação

Para Tom, o Brasil tem o maior capital criativo do mundo, mas a burocracia cria muitos obstáculos à inovação.

"A burocracia é uma herança bastante triste, mas empreendedores precisam encontrar uma forma de superá-la, ou ao menos contorná-la"

Ele conta que em São Carlos, onde fica a sede da empresa, o clima coletivo é de inovação, o que para ele é imprescindível.

"Empresas muitas vezes têm funcionários que privilegiam o tradicional, desestimulando qualquer procura por mudança. E esse é o cara que desestimula todo o processo", diz.

"Meu conselho é separar a parte de inovação do núcleo tradicional da empresa, e não faz mal que ela não faça parte do core. Afinal, às vezes você está tão dentro do seu negócio que fica míope, não vê as coisas, eé sempre bom ter um outro ângulo da mesma situação."

Confira obate-papo completocom o Tom e não deixe de seguir operfil da Adyen no LinkedInpara receber notificações das próximas lives.



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