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Black Friday 2020: mudanças nos hábitos dos consumidores marcam a edição mais digital da história
Quem não comprava no digital, passou a comprar. E quem já comprava, comprou ainda mais. Entenda por que a Black Friday 2020 deve ser a mais digital da história
2020 tem sido um ano cheio—uma pandemia chegou trazendo inúmeros impactos e incertezas. Em março, quando o isolamento social começou no Brasil, consequência dos primeiros casos da Covid-19 por aqui, poucos diriam que a situação se estenderia até o final do ano. Mas agora estamos aqui, às portas da Black Friday e do Natal. No primeiro trimestre deste ano, nós, da Adyen, observamos umaumento de 40% nas vendas onlineao redor de todo o mundo. Era um reflexo claro das mudanças de hábitos dos consumidores, trazidas às pressas pela pandemia e por essa nova realidade.
A pergunta que todo varejista (ou melhor, que qualquer interessado na recuperação da economia de olho no pós-pandemia) se faz neste momento é: o que esperar da Black Friday? Afinal, ela pode ser um termômetro para as vendas de final de ano ou para o varejo nos próximos meses.
A Black Friday, ao longo de uma década no Brasil, se tornou o principal evento varejista do calendário. Em 2019, ofaturamento na data bateu os R$ 3 bilhõesem apenas dois dias, em uma edição 25% maior do que a do ano anterior. Os hábitos de consumo já avançavam em direção às compras virtuais, mas as dificuldades impostas pela pandemia trazem novas razões para deixar os consumidores mais distantes das lojas físicas na edição deste ano.
Recordes recentes no Prime Day, da Amazon, e no Singles Day, data do varejo chinês, indicam que esta será a maior Black Friday da história
Com todos esses ingredientes, a expectativa é da Black Friday mais digital da história. Foi exatamente esse o tema da edição mais recente das Adyen Talks, série de conversas online promovida pela Adyen. Nesta edição, Adriana Mesquita, de Commercial & Partnerships, da Adyen, recebeu Pedro Campos, Head of Growth daZee.Dog, Rodolpho Cavadas, Diretor de Customer daVtex, e Samuel Gonsales, Diretor de Relacionamento daE-Commerce Brasil.
Boas perspectivas
Claro, a pandemia trouxe incertezas quanto ao presente e o futuro da economia. Varejistas podem ficar apreensivos, sem saber o que esperar da data neste ano imprevisível. Mas buscar por exemplos em outros países ou outras datas pode servir como bússola.
“Tivemos dois validadores recentes: o Prime Day, da Amazon, que bateu todos os seus recordes, e o Singles Day, na China”, disse Pedro Campos, Head of Grwoth da ZeeDog. Singles Day é a maior data de vendas da China (e do mundo), e aconteceu no último dia 11 de novembro. Foram vendidos, de acordo com a Alibaba, a idealizadora do evento,US$ 74,1 bilhões em mercadorias—em 2019 a cifra havia sido de US$ 38 bilhões. Só para reforçar, isso foi em apenas um dia de vendas.
Animador? Para Pedro, sim. “É como se estivéssemos vendo o futuro ali na China, vendo o que vai acontecer aqui no Brasil em breve. Eu acho que esta vai ser a maior Black Friday da história.”
O perfil digital desta edição deve ser reforçado por conta de mudanças nos hábitos trazidos pela pandemia. Algumas preocupações em relação à segurança podem deixar consumidores longe das lojas físicas. “Em uma pesquisa recente que vi, 70% das pessoas ainda não se diziam confortáveis de passar por uma possível aglomeração em lojas físicas. A gente vê aí a evolução do digital como canal relevante de todas as operações de varejo”, afirmou Rodolpho Cavadas, Diretor de Customer da Vtex.
Mas essa impulsão digital vem também daqueles consumidores que já estavam habituados a fazer compras online. “Um cara que é um adopter de ecommerce comprava 10 vezes por ano e, agora, está comprando no ecommerce 10 vezes por mês”, analisa Samuel Gonsales, Diretor de Relacionamento da E-Commerce Brasil. “Estamos vivendo um ano histórico, e a Black Friday não vai ser diferente.”
Integração e tecnologia
O avanço e o barateamento da tecnologia também ajudam a aumentar esse lado digital da Black Friday. Ela passa a permitir uma operação unificada e híbrida embarcando o online e o offline. Em um momento de pouca demanda das lojas físicas, por exemplo, o conceito deunified commercetraz benefícios, na visão de Rodolpho, da Vtex. “As redes estão aproveitando o estoque de toda a operação para disponibilizar no site. As lojas físicas podem ser eventualmente usadas como umapick up store(onde o produto é buscado) ou no esquemaship from store(com envio dos produtos diretamente das lojas, em vez dos centros de distribuição).”
Além de levar comodidade ao consumidor, a integração completa das operações ainda traz novos insights sobre consumidores, com o histórico de seus hábitos em ambientes digitais e lojas físicas. “Na Zee.Dog deixamos todos os canais disponíveis e o consumidor decide pela compra online, na loja ou pelo app. Com essa evolução vamos ver clientes que compram em cada ambiente e quantos compram em mais de um canal”, afirma Pedro. “Hoje é possível ter esses dados. Há cinco ou dez anos, isso era impossível e você tomava decisões de maneira mais ‘cega’”.
Abaixo, você pode assistir ao vídeo completa desta edição da Adyen Talks:
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