Cultura
A presença feminina no mercado de tecnologia e o papel da Adyen
Conheça as lideranças femininas da Adyen e como estamos trabalhamos para reverter o quadro mundial de baixa representatividade de mulheres de cargos no setor de tecnologia
Pare um minuto para pensar nos grandes nomes da tecnologia na história da humanidade. Quem lhe vem à cabeça?
Você provavelmente deve ter pensado em personalidades como Steve Jobs, Bill Gates ou até mesmo Alan Turing, pai da computação cujo real reconhecimento só veio mais de meio século depois de sua morte. Em comum, note-se, são todos homens.
Ao fazer o mesmo exercício com estudantes das melhores universidades inglesas,um revelador levantamento realizado em 2017 pela consultoriaPricewaterhouseCoopers (PWC)mostrou que 78% dos universitários não conseguiam nomear uma mulher famosa trabalhando com tecnologia. Isso reflete um desafio muito grande nas empresas e no mercado de trabalho que se perpetua até os dias de hoje: a baixa representatividade feminina em altos cargos do setor de tecnologia e a falta de reconhecimento da importância delas no segmento.
Gap de gênero começa na escola
O mesmo levantamento da PWC mostrou ainda que apenas 5% dos cargos de liderança em companhias de tecnologia no Reino Unido são ocupados por mulheres. Já segundo a empresa de tecnologia da informação Adeva, mulheresocupam apenas 25% de todos os cargos no setor no mundo, considerando todos os níveis. No Vale do Silício, pólo industrial e tecnológico dos Estados Unidos, o problema é também salarial: mulheres ganham em média 61% menos do que seus pares masculinos.
Por trás desse cenário está, principalmente, a falta de incentivo à presença feminina no setor. Segundo o estudo da PWC, apenas 3% das estudantes entrevistadas afirmam que sua primeira escolha de carreira é no campo da tecnologia, ante 15% dos homens. Mais do que isso, apenas 16% disseram ter recebido a sugestão de seguir carreira na tecnologia, contra 33% dos homens.
Esses fatores acabam se refletindo na escolha dos cursos universitários. O levantamento da consultoria mostrou que 52% dos homens escolhem carreiras ligadas à tecnologia e à inovação no Reino Unido. Esse percentual cai para 30% em relação a mulheres.
Thais Fischberg, vice-presidente de produtos da Adyen América Latina, critica conceitos arraigados que acabam afastando as mulheres desses cargos e carreiras.
“Ainda existem imagens preconcebidas de mulheres performando melhor em funções de marketing ou próximas a design e mais distantes de funções muito ligadas a finanças. Vejo, porém, um exponencial crescimento da busca dessas mulheres em atividades ligadas ao mundo de produtos”
Tendência de aumento e o papel das empresas
Diante de uma cultura em que mulheres não são incentivadas a trabalhar no setor de tecnologia, colocá-las em cargos de liderança neste setor se torna um desafio ainda maior, que grandes empresas do setor estão abraçando.
A consultoria Deloitte fez um relatório sobre a presença feminina em grandes empresas de tecnologia no mundo e identificou uma tendência de aumento da paridade de gênero, apesar de a presença feminina ainda ser baixa.
Segundo o levantamento,em 2020 as mulheres ocupavam 31,5% de todos os postos de trabalho de grandes empresas de tecnologia do globo e 23,1% dos cargos técnicos dessas companhias. A projeção da consultoria é que esses percentuais subam para 32,9% de mulheres em cargos de tecnologia e 25% de mulheres em cargos técnicos.
A consultoria ressaltou ainda que, na comparação com startups, grandes empresas de tecnologia estão atingindo objetivos mais relevantes em prol da equidade de gênero.Esse é o caso da Adyen, que tem como pilar a diversidade em seus quadros, especialmente os técnicos.
Um dos exemplos de liderança feminina em cargos de tecnologia da Adyen éCassia Pinheiro,chefe de operação para a América Latina. Segundo ela, as mulheres ainda precisam “se provar” a todo momento para ocupar esses espaços antes restritos a homens.
“Ainda é muito comum participar de fóruns e discussões no setor e perceber que temos somente duas ou três mulheres envolvidas (ou somente eu), enquanto a maioria esmagadora é de homens. Aos poucos, nós mulheres, estamos conquistando nosso espaço, e assumindo mais posições de liderança. Precisamos garantir que as crianças de hoje tenham a consciência de que gênero não determina quem você é — ou qual será a sua profissão.”
O que a Adyen vem fazendo para estimular a diversidade
“Assumir uma posição de liderança sendo mulher no setor de tecnologia é um avanço de representatividade. Ao mesmo tempo, quando você olha seus pares, a maioria são homens. Você precisa marcar sua posição e se estabelecer perante aos peers"
A profissional destaca a forte presença de lideranças femininas na Adyen como um fator inspiracional. “Ter mais líderes femininas ao meu lado cria um companheirismo muito positivo, com muita troca entre as líderes", apontaAdriana Mesquita.
Essa fala da Adriana ilustra um dos objetivos da Adyen para a América Latina. SegundoBruna Maggion, VP de marketing da empresa para a região, a meta é chegar ao percentual de 50% de mulheres entre todos os quadros da empresa, com 45% de presença feminina em posições de liderança.
“Estamos construindo um ambiente cada vez mais consciente dos desafios enfrentados pelas mulheres e, acima de tudo, estamos ‘walking the talk’ em termos de ações efetivas para aumentar a representatividade do sexo feminino. Apenas com mais mulheres sentando à mesa de decisão é que veremos as nossas necessidades sendo realmente expressadas em termos de valores internos, mas também em termos de inovação de produtos e de políticas mais inclusivas”
Além de trazer mais equidade, a busca pela diversidade traz resultados para o próprio negócio, lembra Thais Fischberg. “Todos em minha equipe sabem da importância de um time diverso. Já não existe mais espaço para dúvida. Empresas com times diversos não são apenas um ato social, mas trazem melhores resultados. É impossível falar de inovação com times que pensam da mesma forma”, comenta a vice-presidente de produtos da Adyen América Latina.
Inclusão na prática
Levando à risca seu projeto de se tornar uma empresa cada vez mais inclusiva, a Adyen tem como nova contratadaMaria Isabel Noronhacomo VP de contas, nova liderança feminina da Adyen que chega para trazer mais pluralidade à empresa.
“O mundo de pagamentos e tecnologia historicamente era dominado por homens. No entanto, nos últimos anos, tenho visto muitos avanços nesse sentido, seja por um esforço das empresas em promover a equidade de gêneros ou pelo fato de realmente termos mais mulheres entrando nesse mercado, enxergando oportunidades reais de crescimento profissional. Some-se a isso o fato do tema”, disse Maria Isabel.
“Fico feliz em ser mais uma mulher em um cargo de liderança em uma multinacional de tecnologia, pois isso mostra que, se trabalharmos duro e nos livrarmos de vez da síndrome da impostora, todas temos espaço - nem mais, nem menos que os homens, mas concorrendo de igual para igual por essas posições.”
Inscreva-se para receber nossa newsletter
Mande sua solicitação
Eu confirmo ter lido a Política de Privacidade da Adyen e concordo que meus dados sejam utilizados como descreve o documento.