Guias e relatórios
As particularidades e as adaptações do ecommerce no Brasil
Cada país tem seus próprios hábitos e tradições. Em terras brasileiras, não oferecer pagamentos via pix ou parcelamento da compra, por exemplo, pode ser sinônimo de perder negócios
O ecommerce brasileiro segue de vento em popa, registrando crescimento por anos consecutivos e sendo cada vez mais presente na vida dos brasileiros. Segundo o índice de consumo MCC-ENET,o faturamento dos ecommerces brasileiros teve alta de 48,41%, na comparação com 2020. Entre outubro e dezembro de 2021, 18,5% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online.
Em novembro de 2021, o e-commerce representou 17,9% das vendas varejistas no Brasil (exceto para veículos, peças e materiais de construção). Para efeito de comparação, em janeiro de 2018 essa participação era de apenas 4,7%.
Todos esses dados corroboram a noção de que as compras online chegaram para ficar e estão ganhando cada vez mais adeptos. Segundo levantamento do Nuvem Commerce, 5 milhões de brasileiros fizeram compras onlinepela primeira vezem 2021.
Porém, se engana quem pensa que o crescimento da modalidade se deu apenas por conta do isolamento social e da necessidade de se digitalizar. O e-commerce brasileiro tem características únicas, essenciais para atrair potenciais compradores.
Lojas, sites e marketplaces no Brasil oferecem algumas opções que não são encontradas em outros lugares do mundo. Uma das mais óbvias e conhecidas é o parcelamento da compra, hábito tipicamente brasileiro que não existe em lugares como os Estados Unidos e a Europa. E as particularidades do mercado brasileiro não param por aí.
Sem celular, sem negócios
Se você tem a percepção de que todo brasileiro tem um celular, você está certo: o Brasil tem, hoje, registrados cerca de424 milhões de dispositivos móveis, entre seus 200 milhões de habitantes. Isso faz com que seja um dos líderes da lista de países com maior porcentagem de habitantes com celular —79,3%, segundo o IBGE. Para efeito de comparação, apenas 24% dos lares brasileiros têm um computador.
Esses dados trazem a conclusão de que se você não tiver uma plataforma mobile você está perdendo um enorme mercado potencial. Por conta disso, todos os sites ou aplicativos de venda devem ter uma versão mobile plenamente funcional. Para se ter ideia, uma pesquisa feita pela MobileTime mostrou que 85% dos brasileiros que têm celular já realizaram alguma compra pelo aparelho.
Primeiro o boleto, agora o Pix
Como falamos acima, o brasileiro tem sua maneira especial de efetuar o pagamento via parcelas, opção pouco usada no restante do mundo. Mas, por aqui, temos outra particularidade: a opção de pagar contas e compras via boleto — cuja história contamosneste post aqui—, que podem ser pagas após 24h da emissão do código de barras.
Essa era uma opção muito usada pela população desbancarizada, que emitia boletos de compras feitas na internet e pagava em lotéricas via dinheiro vivo. A opção ainda existe, mas aos poucos está sendo trocada pelo Pix, sistema de transação instantânea já amplamente usado.
Sites de ecommerce estão começando a aceitar essa forma de pagamento, como é o caso da rede de joalherias Vivara, que implementou a modalidade graças à parceria com a Adyen.
Ainda assim, você duvida da importância desse tipo de pagamento? De acordo com estudo da consultoria Gmattos, o Pix era aceito por 16,9% das lojas analisadas em janeiro de 2021, mas esse percentual já subiu para 55,9% em dezembro do mesmo ano.
Se o boleto, durante anos, foi um método de pagamento tipicamente brasileiro, o crescimento da população bancarizada e o nascimento de novos bancos e fintechs fazem com que o Pix caminhe a passos largos para tomar o lugar do bom e velho código de barras.
Impostos x expansão nacional
Apesar do ecommerce oferecer a oportunidade de empresas regionais expandirem os negócios a nível nacional, o sistema de impostos brasileiro é composto por regras municipais, estaduais e federais, fator que pode representar um grande desafio para o varejo eletrônico que opera em todo o Brasil.
Para superar a barreira, as empresas devem procurar por tecnologias que sejam altamente flexíveis na programação da loja online, permitindo que o e-commerce seja modelado de acordo com as regras de atuação da companhia, o que inclui a contabilização dos impostos de forma automática independente da praça em que atuam.
A boa notícia é que existem plataformas para o desenvolvimento de lojas online capazes de atender essa demanda específica do mercado brasileiro com excelência. A Adobe Commerce Cloud é um exemplo de tecnologia que oferece flexibilidade para os mais variados segmentos de negócios, sejam eles B2B ou B2C.
Apesar de tantas peculiaridades complexas para atuar no varejo eletrônico no Brasil, a evolução dos canais online é nítida e o futuro será cada vez mais digital. Então, mãos à obra!
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