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A Adyen, processadora de pagamentos de empresas como Magazine Luiza e Via Varejo, realizou levantamento sobre os hábitos de consumo no Brasil, apontando um aumento de 80% em transações pagas por débito online entre março e outubro. A previsão da empresa é que a alta se mantenha nas próximas semanas, impactando diretamente os resultados durante a Black Friday, tornando-a a edição mais digital já realizada.
O crescimento das compras com débito online se acentua no início da quarentena, entre abril e maio, quando cerca de 50% dos brasileiros adotaram o isolamento social. Como resultado, muitas pessoas realizaram a primeira compra online e outras passaram a aderir ao e-commerce como principal forma de consumir.
Em março, as buscas por “como fazer compras online” cresceram 198% no Brasil, segundo dados internos do Google. De acordo com publicação da Infobase Interativa, com dados da Nielsen, Comscore, Global Web Index, Kantar e MindMiners, 13% dos brasileiros compraram pela internet pela primeira vez desde o início da quarentena e 24% estão fazendo mais compras online.
E quem são esses novos consumidores digitais? São, em sua maioria, pessoas de todas as idades das classes C e D, que aumentaram em 60% o volume de compras no e-commerce na quarentena. Muitas vezes sem acesso a crédito, o cartão de débito é o principal meio de pagamento escolhido.
A alta na procura de pagamentos via débito online encontrou um crescimento também na oferta por parte dos comerciantes. Em março, empresas como Magazine Luiza e RecargaPay fecharam parceria com a Adyen, Caixa e Elo para aceitar o Cartão de Débito Virtual Caixa, o mesmo que opera a conta em que é depositado o auxílio emergencial. Ao longo do último ano, outras empresas como iFood e Via Varejo também aderiram ao débito online conforme a tecnologia evolui e torna esse método de pagamento mais seguro tanto para varejistas quanto para consumidores.
Em dez anos, a Black Friday se tornou o principal evento varejista do Brasil. No ano passado, o faturamento bateu 3 bilhões de reais em apenas dois dias, em uma edição que já foi 25% maior que a anterior. Mas agora vivemos uma crise que deve causar uma retração de 6,5% do PIB e taxas de 14% em desemprego até o fim do ano, de acordo com previsões da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, o que confunde as expectativas do que pode acontecer com a Black Friday deste ano.
Grandes centros urbanos seguem em um esquema de "abre-e-fecha", com restrições de horários e acesso ao varejo físico. Assim, a expectativa é que o volume da Black Friday migre em grande parte para o online. Afinal, quem nunca tinha comprado digitalmente antes, passou a fazê-lo - foram 5 milhões de novos consumidores digitais só na América Latina. Vale lembrar também que o potencial do mercado online é enorme. No Brasil, há 230 milhões de smartphones, 150 milhões de usuários de WhatsApp e 80% de casas com acesso à internet.
A adesão de novos consumidores que compram com débito online somada à multiplicação de práticas de mercado como comprar online e retirar na loja e comércio contextual (adquirir produtos diretamente por redes sociais ou pelo próprio Google), deve fazer com que a Black Friday, que já cresceu 374% no Brasil em 2019 - mais do que em todo o resto do mundo - veja um crescimento ainda maior no volume de vendas online, mesmo em um ano como 2020.
"A expectativa é que essa seja a maior e a mais digital edição da Black Friday no país até hoje", opina Jean Mies, presidente da Adyen para a América Latina. "Há uma demanda reprimida por parte dos consumidores, que evitaram gastar e sair de casa durante os primeiros meses de pandemia e que provavelmente usarão a data para antecipar as compras de Natal, aproveitando os descontos.